quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Alunos do Colégio Assis Chateaubriand observam céu


por Andréa Trindade


Com o objetivo de difundir a astronomia, o CAFS realizou na última quinta-feira dia 20 de dezembro, sua última etapa em 2007 do projeto "De Olho no Céu". Desta vez o evento aconteceu na quadra de esportes do colégio Assis Chateaubriand, no bairro do Sobradinho em Feira de Santana - Ba. Foi mais uma atividade que visa a levar a astronomia às pessoas. A recepção dos alunos foi muito boa e descontraída. Mais de 150 alunos daquela instituição conseguiram apreciar o céu incomensurável, como por exemplo, alguns detalhes das crateras da Lua e não conseguiram conter os comentários diante da admiração. Contudo, a grande atração da noite foi sem dúvida Marte, nunca vista pela maioria dos observadores e que se destaca entre os outros planetas do sistema solar devido a sua cor avermelhada. O planeta vermelho se encontra muito próximo da Terra e pode ser visto a olho nu perfeitamente.
Para muitos alunos, essa foi a primeira vez que observaram o firmamento através de um telescópio e puderam conhecer um pouco mais sobre o céu e a localizar algumas constelações, além de aprender os nomes delas.
Toda a atividade foi orientada e coordenada pelos membros do CAFS que estiveram nesta bela noite de observação do céu.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Projeto Como Vejo o Ceu!!

PROJETO COMO VEJO O CEU Apresenta UM TELESCÓPIO NA
ESCOLA

Uma iniciativa do Observatório Astronomico Antares-
UEFS e do CAFS - Clube de Astronomia de Feira de
Santana em que consiste em mais uma noite de
observação astronômica e desta fez será no COLEGIO
ASSIS CHATEAUBRIAND no bairro do sobradinho.

Horário: 19:00
Participe do Ano Internacional da Astronomia
http://www.astronomia2009.org.br/
Zecarlos
Coord CAFS

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Fim de semana tem chuva de meteoros. Com bônus no céu!


Normalmente, as chuvas de meteoros estão ligadas a algum cometa. É assim com as chuvas Eta-aquarídeas e Orionídeas, associadas ao cometa Halley e Delta aquarídeas, produzida pelo cometa 2p/Encke, além de uma infinidade de outras chuvas anuais. Outras vezes, no entanto, as estrelas cadentes são causadas por algum asteróide, e esse é o caso da chuva de meteoros Geminídeas, que atingirá seu ponto alto nesta sexta-feira, dia 14.

As Geminídeas ocorrem sempre entre os dias 9 e 19 de dezembro e têm como causa a passagem da Terra pelo interior da nuvem de detritos que orbitam o objeto 3200 Phaeton, descoberto em 1983 pelo satélite IRAS. Estudos recentes mostram que 3200 Phaeton seja os restos de um antigo cometa.


Muitos meteoros

As chuvas de meteoros Geminídeas são consideradas as melhores para serem vistas. São esperados entre 80 e 100 meteoros por hora, que poderão ser observados facilmente sob condições favoráveis. Os meteoros das Geminídeas são muito rápidos e ligeiramente amarelados. Alguns deles deixam traços persistentes e visíveis e apresentam magnitude positiva de 2.4, portanto bastante brilhantes.




A chuva desta sexta-feira leva o nome de Geminídeas devido à sua localização no céu, próxima da constelação de Gêmeos. Apesar dos meteoros parecerem brotar daquela constelação, na realidade estão bem mais perto. Seu brilho é causado pelo intenso atrito nas altas camadas da atmosfera, entre 50 e 120 quilômetros de altitude.


Vendo a chuva
Se você anda frustrado por não ter visto o estranho cometa 17p/Holmes, assistir a chuva de meteoros dessa sexta-feira poderá ser a solução para finalizar o ano com chave de ouro. Você não vai precisar de telescópios, lunetas ou binóculo, apenas seus olhos serão suficientes.

Para ver a chuva Geminídeas oriente-se pela carta mostrada acima. Ela mostra o céu aproximadamente às 22 horas do dia 14. Sente-se confortavelmente em uma cadeira reclinável, em um local bem escuro e olhe para o céu da direção nordeste. A constelação de Gêmeos pode ser vista bem no centro da figura. À direita temos a constelação do Cão menor e à esquerda, o Cocheiro ou Auriga. Acima de Gêmeos temos a constelação de Orion, onde se encontram as Três Marias.

Como dissemos, são esperados entre 80 e 100 meteoros por hora, mas não fique decepcionado se vir apenas um ou outro. Isso é normal e varia com as condições de luminosidade do local.


Bônus
Se você possuir um binóculo, aproveite para curtir as belezas da constelação de Órion. Ela é formada por muitas estrelas brilhantes. As quatro que formam o famoso retângulo são Rigel, Saíph, Betelguelse e Bellatrix. Não deixe de ver também nebulosa M42, entre Rigel e Saíph. É imperdível!

No entanto, o bônus maior da observação deste final de semana é sem dúvida aquela bolinha vermelha mostrada na carta. É o planeta Marte, que a cada dia se aproxima mais da Terra e neste momento está a apenas 88 milhões de quilômetros de nós. Ver o Planeta Vermelho no mesmo campo de visão de uma chuva de meteoros é sem dúvida em espetáculo no céu!



Fonte: http://apolo11.com/cometa_73p.php?posic=dat_20071212-100838.inc

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Um pouco sobre os signos: Ságitario

Nono signo astrológico do zodíaco, situado entre Escorpião e Capricórnio e associado à constelação de Sagittarius. Seu símbolo é o centauro. Forma com Áries e Leão a triplicidade dos signos do Fogo. É também um dos quatro signos mutáveis, juntamente com Gêmeos, Virgem e Peixes. Com pequenas variações nas datas dependendo do ano, os sagitarianos são as pessoas nascidas entre 22 de novembro e 21 de dezembro.

Mitologia

É ilustrada com a figura do arqueiro. Quíron, que era um centauro (metade homem, metade cavalo). Seu arco está apontado para o corpo do Escorpião, como uma vingança pela morte de Órion.



Sagitarianos ilustres

*Bruce Lee
*Jimi Hendrix
*Ozzy Osbourne
*Emerson Fittipaldi
*Beethoven
*Steven Spielberg
*Érico Veríssimo
*Maria Paula
*Vera Fischer
*Frank Sinatra
*Noel Rosa
*Walt Disney
*Jean-Luc Godard
*Olavo Bilac
*Woody Allen
*Jim Morrison
*Oscar Niemeyer
*Andy Williams
*Clarice Lispector
*Cássia Eller
*Danielle Winits
*Deborah Secco
*Sílvio Santos
*Mao Tse-tung

*não tão ilustre, temos o Professor Zé Carlos...

domingo, 25 de novembro de 2007

Projeto como vejo o céu


Ainda dentro do “Projeto Como Vejo o Céu” os membros do CAFS, com o apoio do OAA/UEFS, estiveram no dia 27/10 numa chácara no povoado de Nossa Senhora dos Humildes, distrito de Feira de Santana, onde fizeram observações e registros do céu daquela região.
Entre as 18 e 20 horas puderam observar detalhes de diversas nebulosas, aglomerados, asteróides e de quebra detalhes de algumas crateras da Lua. Nos dias 01 e 02 de novembro os “cafsnautas” viajaram para a cidade de Lençóis-Ba para mais uma atividade de reconhecimento do céu. A cidade de Lençóis foi escolhida em função da sua geografia e “promessa” de ter um céu muito “limpo”.
Na noite de sexta para sábado das 00 às 04 horas o céu da cidade de Lençóis estava propício pra um boa prática observacional. Por volta das 00h40 avistamos, na constelação de Perseu, o cometa 17P/Holmes com um diâmetro aparentemente próximo ao da Lua. Após nos deslumbrarmos com a visita do cometa continuamos a observação de aglomerados fechados e abertos e mantivemo-nos atentos até as 4 horas da madrugada.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Inacreditável. Cometa 17p/Holmes já é maior que o Sol!

É desnecessário dizer que o cometa 17p/Holmes é muito grande e facilmente localizável. Isso qualquer um já sabe. Recentemente uma comparação mostrava que o tamanho de Holmes era superior à metade da lua Cheia e continuava crescendo. Mas por incrível que pareça ninguém imaginava que chegasse a tanto. Holmes é gigante e já ultrapassou o tamanho do Sol.

De acordo com o astrônomo Dave Jewitt, "formalmente o Sol é o maior astro do sistema, mas agora esse posto pertence a 17p/Holmes". E Jewitt sabe o que diz. O cientista trabalha na Universidade do Havaí e é uma autoridade nos estranhos corpos gelados que orbitam o sistema solar, além de co-descobridor dos primeiros objetos no Cinturão de Kuiper.

No entanto, é sempre importante lembrar que a afirmação não se refere propriamente ao corpo do cometa, que segundo as últimas estimativas, é de 3.7 quilômetros, e sim à nuvem de poeira que se estende ao redor do núcleo, chamada de "coma", que desde o dia 23 de outubro não pára de crescer.

As medidas feitas pelos pesquisadores da Universidade do Havaí mostram que a coma de Holmes tem aproximadamente 1.4 milhões de quilômetros de diâmetro, contra 1.39 milhões de quilômetros do Sol. Sem dúvida a coma de Holmes é gigante, mas não maior que a do cometa Hale-Bopp, que em 1997 se apresentou com uma cabeleira estimada entre 2 e 3 milhões de quilômetros.

O que diferencia 17p/Holmes dos outros cometas é que a nuvem de poeira gelada a sua volta é quase esférica. Visto ao telescópio lembra um planeta, com uma tênue camada de atmosfera que empresta ao astro uma forma nebulosa. Mesmo utilizando um telescópio modesto, a nuvem de poeira se apresenta maior que o campo de visão da objetiva.


O Outburst
Até alguns dias atrás, Holmes não passava de um cometa de magnitude 17, ou seja, completamente invisível, mesmo através de instrumentos. Ninguém olhava para ele, já que nem com telescópios amadores dava para vê-lo. O brilho de Holmes era, até o dia 23 de outubro, 35 vezes mais fraco que o do planeta-anão Plutão.

Foi então que uma repentina explosão de brilho, conhecida como outburst, foi observada na constelação de Perseu, onde se localiza o cometa. Imediatamente a notícia se espalhou fazendo com que milhares de telescópios, profissionais e amadores, fossem apontados naquela direção.


O cometa
Holmes é um cometa periódico, que visita a Terra a cada 6.8 anos. Não há informações exatas sobre o tamanho real do seu núcleo, mas alguns especialistas especulam que tenha aproximadamente 10 quilômetros de diâmetro. O motivo do outburst também é indefinido, mas acredita-se que tenha sido causado por alguma rachadura no núcleo, que permitiu que o material gelado do seu interior vazasse no espaço e entrasse em processo de sublimação na presença dos raios solares.

17p/Holmes foi descoberto em 1892 pelo astrônomo inglês Edwin Holmes, que conseguiu ver o cometa pela primeira vez devido ao fenômeno do outburst.


17p/Holmes pertence a uma categoria de cometas chamada "Familia-Júpiter", caracterizada por um período inferior a 20 anos e pequena inclinação. Seu movimento está praticamente contido dentro da órbita de Júpiter e de acordo com a linha de pensamento atual, provavelmente tenha se originado dentro do cinturão de Kuiper, um grande reservatório de corpos gelados localizados além da órbita de Netuno.

Ao contrário do que se imagina, 17p/Homes não está se aproximando do Sol. Sua menor distância da estrela ocorreu no início de maio de 2007 e desde então já se afastou bastante. Atualmente sua distância do Sol é de 2.467 UA, ou seja, 367 milhões de quilômetros.


No Brasil
Para localizar o cometa 17p/Holmes é só usar a carta celeste mostrada abaixo. Ela mostra a visão que um observador tem ao olhar para o Norte às 02h00 da madrugada, mas nada impede que possa ser visto antes e depois desse horários, desde que a constelação de Perseu esteja acima do horizonte.




Fonte: http://apolo11.com/cometa_73p.php?posic=dat_20071118-091526.inc


terça-feira, 30 de outubro de 2007

Curiosidades sobre Júpiter

  • Júpiter possui uma fonte interna de calor (não nuclear). Provavelmente procedente do colapso da matéria durante sua formação. No interior do planeta a temperatura alcança os 30.000°C, fluindo continuamente para o exterior.
  • Em apenas 9 h e 50 min Júpiter completa uma volta em torno de si mesmo e intensas correntes elétricas são geradas na camada de hidrogênio metálico. A eletricidade produz um poderoso campo magnético, 14 vezes mais intenso que o terrestre e que se estende para além de Saturno, mas é invertido em relação ao nosso. Lá, a agulha de uma bússola trava rapidamente sem oscilações, e onde indicar o Norte, não tenha dúvida, é o Sul.
  • Contudo, Júpiter possui uma rotação diferenciada, e os ventos ora vêm do leste, ora do oeste, entre outras direções alternativas, devido aos redemoinhos alimentados pelo gradiente térmico entre o equador e os pólos.
  • A ausência de atrito com uma superfície sólida permite que furacões como a Grande Mancha Vermelha, durem mais de três séculos. Ela é um redemoinho de alta pressão onde cabem duas Terras, elevando-se acima das nuvens ao redor. Porém, os ventos de direções contrárias que circulam acima e abaixo dificultam explicações satisfatórias para sua estabilidade.
  • Em 1979 as duas sondas Voyager descobriram um halo de poeira muito fino, que vai de 100 a 122 mil km do centro de Júpiter e um sistema de três anéis. O anel principal tem cerca de 6 mil km de espessura e se estende de 122 a 129 mil km do centro do planeta, englobando a órbita de duas luas, Adrastéa e Metis, (que são as fontes de partículas do anel). Dados recentes da sonda Galileo revelaram que um segundo anel muito tênue trata-se, a rigor, de um anel interno e outro externo, e ambos se estendem de 129.200 a 224.900 km do centro do planeta.
  • Ao contrário dos anéis de Saturno, formados por blocos massivos e brilhantes de rocha e gelo, os anéis de Júpiter são constituídos por uma poeira tão fina que seriam invisíveis para alguém que estivesse em seu interior.

Fonte Adaptada:
www.heaven-above.com
www.zenite.nu
www.skyandtelescope.com
www.wikipedia.org


Júpiter...quase uma estrela...

O planeta Júpiter é o maior entre todos do Sistema Solar. E ele ganha disparado. Se fosse oco, dentro dele caberiam todos os outros planetas ou mais de 1.300 mundos iguais ao nosso. Se fosse chato como um disco, seriam necessários quase doze diâmetros da Terra para cobri-lo de ponta a ponta.

Júpiter é um globo multicolorido de gás, 85% hidrogênio, o elemento químico mais abundante e mais simples do universo, com apenas um elétron e um próton. O hidrogênio é também principal constituinte de uma estrela. E por pouco Júpiter não se transformou numa delas.

Estrela Diet
AS ESTRELAS PRODUZEM ENERGIA através de uma reação chamada fusão nuclear. Dois núcleos de hidrogênio colidem, em altíssima velocidade, e se fundem num núcleo de hélio, liberando enormes quantidades de energia.

Para isso acontecer é preciso haver uma colossal massa desse gás, confinada de modo a atingir pressões e temperaturas extremas, que desencadeiam a reação nuclear. Júpiter apenas não acumulou massa suficiente para se tornar uma estrela. Mesmo assim, 25.000 km abaixo do seu topo gasoso a pressão atinge a respeitável marca de 3 milhões de vezes a pressão na Terra ao nível do mar.
A hipótese de Júpiter ser uma estrela que não deu certo não é um exagero. Na parte infravermelha do espectro, isto é, considerando freqüências abaixo da luz vermelha, Júpiter de fato se comporta como um sol.
Caso tivesse se tornado uma estrela de verdade viveríamos num sistema solar binário e as noites poderiam ser raras. Deve haver muitos mundos assim no universo, pois estrelas duplas não são incomuns.


Composição e atmosfera

O MODELO DA ESTRUTURA DE JÚPITER baseia-se em medidas de densidade e propõe três camadas. Um núcleo compacto de rocha e gelo que corresponde a 4% da massa total, recoberto por uma camada de hidrogênio metálico, até uma distância de 0,7 do raio.

Uma transição entre essa camada e outra, formada por uma mistura líquida de hélio e hidrogênio molecular, é sobreposta pela atmosfera de Júpiter, composta por hidrogênio e hélio gasosos.

Também já foi detectado metano, amoníaco e um pouco de vapor d'água, além de etileno, acetileno e metano deuterado.

1-Núcleo rochoso;
2-Hidrogênio líquido e hélio,
3-Hidrogênio metálico e hélio
 4-Atmosfera.




Fonte Adaptada:
www.heaven-above.com
www.zenite.nu
www.skyandtelescope.com
www.wikipedia.org




Aurora...

DA SUPERFÍCIE SÓ PODEMOS VER uma pequena seção da aurora que circunda a Terra, formando um anel em torno dos pólos Norte e Sul ao mesmo tempo. Chamamos auroras boreais aquelas que ocorrem no hemisfério Norte e auroras austrais as que vemos do hemisfério Sul. Mas não devemos confundir esse belo fenômeno luminoso — exclusivo das regiões próximas aos pólos — com outro igualmente belo, porém mais comum: o nascer do Sol, que também recebe o nome de aurora.


Os mapas mostram a posição e extensão atual das auroras em cada pólo terrestre, a partir de medidas efetuadas durante a passagem polar mais recente do satélite NOAA POES. A seta vermelha aponta para o meridiano onde é meio-dia.

Como é uma aurora?


QUEM JÁ TEVE OPORTUNIDADE DE VER NUNCA ESQUECE: as auroras lembram uma cortina de luzes tremulando no céu. São um fenômeno dinâmico e apesar de suas luzes hipnóticas às vezes parecerem tocar o chão, a aurora mais baixa se forma a cerca de 100 km da superfície, pelo menos dez vezes mais alto do que a altitude alcançada pelos jatos comerciais.

Qual a origem das auroras?

Foto: Pekka Parviainen.

A ORIGEM DAS AURORAS está a 150 milhões de quilômetros da Terra. O Sol é um lugar tão quente e dinâmico que a força de gravidade, embora gigantesca, não é capaz de conter a sua própria atmosfera. Em vez disso, a energia flui em torrentes de partículas eletricamente carregadas, que viajam pelo espaço em velocidades de 300 a mais de 1.000 km/s. Esse tipo de gás ionizado, chamado plasma, deforma as linhas de campo magnético do astro-rei, arrastando-as até a vizinhança dos planetas.

É o vento solar. A Terra, porém, é protegida pelo seu próprio escudo magnético, a magnetosfera, e deflete a maior parte dessas partículas. As que são aprisionadas na magnetosfera aceleram ao longo das linhas de campo enquanto viajam até atingir uma região circular denominada oval das auroras, ou annulus.

O annulus tem cerca de 3.000 km de diâmetro e localiza-se em torno dos pólos magnéticos da Terra (que não coincidem com os pólos geográficos), entre 60° e 70° Norte e Sul de latitude. Ali, a pelo menos 100 km da superfície, elétrons chocam-se com átomos de oxigênio e nitrogênio das moléculas da alta atmosfera, dando-lhes uma energia extra que, absorvida, provoca um estado excitado: os elétrons saltam para níveis mais energéticos e, como não podem manter-se nesse estado por muito tempo, retornam aos seus níveis de origem devolvendo a energia extra na forma de um fóton — ou um pulso de luz. Trilhões de átomos e moléculas no estado excitado produzirão a luz da aurora.

Diversas auroras fotografadas no hemisfério Norte.
À direita, parte de um oval de aurora visto do espaço.


De onde vêm as cores?
A LUZ DAS AURORAS é similar a produzida no tubo de imagem de um aparelho de televisão. Os elétrons são acelerados e chocam-se contra a superfície de vidro, que é internamente recoberta por substâncias químicas que emitem luz verde, vermelha e azul, as cores básicas a partir das quais formam-se as imagens.

Cada molécula de gás atmosférico brilha com uma cor em particular, dependendo se é neutra ou eletricamente carregada, e também da energia da partícula que a atinge. Oxigênio molecular, a cerca de 100 km de altitude, é fonte de uma luz levemente esverdeada. O mesmo oxigênio, mas acima de 300 km, emite luz vermelha ou, durante grandes tempestades magnéticas, um tom vermelho-sangue. Átomos de nitrogênio também produzem uma luz avermelhada. Mas o nitrogênio da alta atmosfera emite em azul e violeta.

Só a terra tem auroras?
NÃO. Já foram observadas auroras em Júpiter e seu satélite Io, e também nos planetas Vênus, Saturno e Netuno. Aparentemente, se um planeta possui um campo magnético e alguma atmosfera então também pode haver auroras. Mas a maioria dos satélites do Sistema Solar (incluindo a Lua) e também Mercúrio e Plutão não têm auroras. Na imagem à direita, obtida em ultravioleta pelo Telescópio Espacial Hubble, vê-se um panorama completo da aurora boreal em Júpiter, muito maior e mais energética que a produzida no planeta Terra.



Auroras podem fazer mal?
VISTAS DA SUPERFÍCIE DA TERRA, NÃO. Além de causar as auroras, as partículas do vento solar também podem perturbar as transmissões dos satélites e, durante as tempestades solares ou em épocas de máxima atividade solar, passageiros dos vôos comerciais podem ficar expostos a doses de radiação iguais as de um aparelho de raios X hospitalar. Mas na camada atmosférica em que vivemos normalmente estamos a salvo desses danos. Observar uma aurora também não causa problemas na visão.


Fonte Adaptada:
www.heaven-above.com
www.zenite.nu
www.skyandtelescope.com
www.wikipedia.org



sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Astronomia na praça

O CAFS programou para o dia 24 de outubro deste a realização do projeto “ASTRONOMIA NA PRAÇA”, realizado na praça de alimentação de Feira de Santana. Estivemos lá como programado, em frente ao prédio da Caixa Econômica Federal.

Foi uma atividade em que levamos à praça nossos telescópios, para que a comunidade do local pudesse ter uma noite de observações surpreendente. Chegamos ao local por volta das 18h30, eu (Zé Carlos), Paulo Jaksom e Antonio Bastos. Montamos o telescópio Shimid Cassangrim pertencente ao Observatório Astronômico Antares; Jakson montou seu próprio telescópio - um excelente pequeno azimutal e o Antonio com o seu tipo Newtoniano.

Esperamos os primeiros interessados surgirem. Logo já tínhamos uma dezena de curiosos querendo observar a Lua e de brinde Júpiter.

As condições atmosféricas estavam a nosso favor e permitiram uma boa observação. Foi mais uma noite agradável e, para nossa grata surpresa, de céu limpo. Aproximadamente 80 (oitenta) pessoas puderam desfrutar das paisagens celestes da Lua, do planeta Júpiter e seus satélites. Puderam também tirar suas dúvidas sobre constelações, estrelas, meteoros etc.

Para nós, fica a alegria de ver tantas pessoas surpresas e agradecidas com o que estamos proporcionando. É muito bom ver o encantamento que a Astronomia causa. Isso nos dá a certeza de que vale a pena continuarmos.

Este é mais um projeto de extensão bem como a difusão da astronomia e inclusão social promovidos pelo CAFS - Clube de Astronomia de Feira de Santana e o com o apoio do Observatório Astronômico Antares - UEFS. O próximo passo é “Astronomia nas escolas”, que consiste em levar conhecimento do céu e a popularização da Astronomia à população estudantil, atingindo as escolas públicas da região de Feira de Santana, tanto o ensino fundamental como o ensino médio.

Aguardem!

Participaram deste projeto: Otávio, Paulo Jaksom, Tereza Cristina, José Carlos, Narjara Turenna, Josué Moraes

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Anéis de Saturno foram criados por restos de luas, dizem astrônomos


A descoberta de uma série de pequenas luas detectadas pela sonda Cassini na parte mais externa dos sete anéis de Saturno apóia a teoria de que esses anéis são resultantes de uma desintegração de luas geladas ao longo de dezenas de milhões de anos.

Com base nas imagens enviadas pela sonda ítalo-americana, astrônomos coordenadoss por Miodrag Sremcevic, na Universidade do Colorado, calcularam que oito pequenas luas de diâmetro de 60 a 140 metros e cercadas por resíduos provêm de um único corpo celeste de um diâmetro de 20 km.

Essa lua teria começado a se desintegrar há cerca de 30 milhões de anos devido ao impacto de um cometa ou um asteróide.

A descoberta da Cassini e os cálculos da equipe de Sremcevic apóiam a teoria de uma formação dos anéis de Saturno a partir de várias luas que se descompuseram durante um longo período.

Segundo uma teoria diferente, os anéis nasceram ao mesmo tempo que Saturno e seriam restos não aglomerados com o planeta gigante e sim retidos em órbita.

A origem e a evolução dos anéis planetários é um dos problemas não resolvidos do estudo dos planetas, e que poderá permitir uma melhor compreensão da formação e nascimento dos astros, segundo os autores do estudo.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/071024/saude/espa__o_astronomia

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Sputnik: 50 anos de Era Espacial




A história contemporânea mudou no dia 4 de outubro de 1957. Naquele dia, a humanidade perplexa e encantada tomava conhecimento de que a Lua não era mais nosso único satélite, e que uma pequena esfera de 50 centímetros de diâmetro, também, girava ao redor da Terra. E mais que isso, podia ser ouvida, emitindo o "beep" mais famoso da história.

O lançamento do Sputnik (que significa "companheiro" em russo) e sua colocação em órbita representam um monumento à inteligência humana e confirmaram as diversas bases teóricas necessárias à operação, desde as formulações de Isaac Newton, no século 17, até os cálculos e experimentos do russo Konstantin Tsiolkovsky, considerado o "pai dos foguetes", e do norte-americano Robert Goddard, no início do século 20.


Ano Geofísico Internacional
A história do "Companheiro" tem início no ano de 1952, quando uma comissão internacional decidiu estabelecer o chamado "Ano Geofísico Internacional", de 1 de julho de 1957 a 31 de dezembro de 1958. Em 1954 a mesma comissão conclamou as nações envolvidas a não medirem esforços para colocação de um satélite em órbita da Terra, com a função de mapear o planeta.

O Ano Geofísico Internacional - AGY - coincidiu com o período de máxima atividade solar. Na ocasião milhares de cientistas em mais de 67 países trabalharam em conjunto, realizando uma grande variedade de experimentos e observações, partilhando dados e resultados. O período marca uma das maiores séries de descobertas das características da Terra e do espaço, incluindo os Cinturões de Radiação de Van Allen.

O objetivo principal era o estudo da meteorologia, geomagnetismo, sismologia, oceanografia, radiação cósmica, ionosfera, glaciologia, paleoclimatologia, além de pesquisas biológicas e geológicas.

Fonte: http://www.apolo11.com/spacenews.php?posic=dat_20071001-105430.inc

Não é ilusão. É a maior Lua cheia do ano!

Se o tempo colaborar, saia de casa e dê uma olhadinha na Lua. Reparou alguma coisa? Ligue para os amigos e familiares e peça a eles para darem um parecer sobre nosso satélite. Difícil, não? Talvez poucas pessoas vão perceber, mas a Lua está cada vez maior e não é por que está se aproximando da Terra. No dia 26 vai ficar maior ainda, e será a maior Lua Cheia de 2007!



Algumas Luas cheias são de fato maiores que outras, mas a deste final de semana vai ganhar disparado e vai aparentar ser 14% maior e 30% mais brilhante do que qualquer Lua cheia vista em 2007. E é lógico, sempre existe uma explicação!


Explicando
A órbita da Lua ao redor da Terra não é um círculo perfeito e sim uma elipse, com o lado menor cerca de 48 mil quilômetros mais perto do nosso planeta. A lua cheia deste final de semana, entre os dias 25 e 26, estará localizada exatamente dento do lado mais próximo e é essa diferença a responsável por fazer nosso satélite parecer maior e mais brilhante.

Falando de uma maneira um pouco mais técnica, as duas extremidades da elipse são chamadas de apogeu e perigeu. O apogeu é o ponto mais distante enquanto o perigeu é o mais próximo. Desta forma, a Lua Cheia deste final de semana ocorrerá exatamente no momento do perigeu.



Apesar de aparentar 14% maior, não é tão fácil perceber a diferença. No espaço não existe régua para medir o diâmetro da Lua, mas uma boa vista treinada pode perceber o aumento. Faça o teste. Chame os familiares e amigos e peça a eles para olhar a Lua. Depois explique a eles o que é perigeu e apogeu!

No topo, duas imagens da Lua cheia mostram a diferença esperada no tamanho do astro. Acima, diagrama explica o fenômeno.

Fonte: http://apolo11.com/spacenews.php?posic=dat_20071023-095808.inc

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

As 88 maravilhas do céu!

Ao contemplar uma noite estrelada nossos olhos vagueiam diante de abismos imensos, profundidades colossais que simplesmente ignoramos. Para nossos olhos, as estrelas são pequenas luzes de brilhos diferentes ou, como pensavam os antigos hebreus, orifícios de tamanhos variados por onde se vislumbra uma luz celestial.


Longe de ser uma concepção tola, ela advém da observação visual – mas felizmente não dispomos apenas dos olhos para investigar a natureza.

O Equador terrestre se projeta na esfera, dando origem ao Equador Celeste.

Nossos olhos foram projetados para fornecer uma visão tridimensional do mundo que nos rodeia. Mas não somos capazes de perceber a profundidade além de uma certa distância.

No firmamento, essa falta de percepção chega ao seu extremo e isso gera a falsa impressão de que a Lua, uma estrela ou uma nebulosa estão eqüidistantes de nós. Estão todos numa imensa esfera que circunda a Terra, a esfera celeste.

Junte os pontos
ESSE CONCEITO, APESAR DE INCORRETO, revelou-se um excelente sistema de referência, usado até hoje. Outra ação involuntária do ser humano é associar os grupos de estrelas mais brilhantes a figuras conhecidas, como num jogo de juntar os pontos.

Esses desenhos imaginários são as constelações. Constelação, do latim constellatio, significa reunião de estrelas, um agrupamento arbitrário de estrelas que representa a silhueta de entes mitológicos, animais ou objetos.


A constelação da Baleia é uma das mais fáceis de reconhecer no firmamento.

Criar constelações é um processo muito particular. Para os chineses, por exemplo, existem mais de duzentas delas, pois é costume local utilizar poucas estrelas para compor um desenho. A maioria dos nomes das constelações ocidentais é de origem grega e a elas estão associadas belíssimas histórias daquela rica mitologia.

Hoje, imersos nas luzes artificiais das cidades e longe do poder criativo dos povos antigos, é difícil imaginar que Orion, por exemplo, seja a figura de um caçador. É sempre mais fácil associar figuras mais familiares, é o caso do Sagitário, que lembra mais um bule que um ser metade homem, metade cavalo.

O conceito moderno
PARA MINIMIZAR OS INEVITÁVEIS REARRANJOS ESTELARES e facilitar o estudo do céu, os astrônomos concordaram em fixar o número das constelações em 88, porém modificando o seu conceito.

Para a Astronomia moderna, constelação é simplesmente uma área da esfera celeste. Assim, tudo o que observamos no céu, seja a olho nu ou com poderosos telescópios, está sempre “dentro” de uma determinada constelação.


Fonte Adaptada:
www.heaven-above.com
www.zenite.nu
www.skyandtelescope.com
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A lua em tempo real...

Observe a beleza inconfundivel das fases da lua, em tempo real...



Para que serve a Astronomia?

A Astronomia é a mais antiga entre todas as ciências. Observar o céu estrelado tem sido muito mais que uma fonte de inspiração para o ser humano. O movimento dos corpos celestes revela-se periódico e por isso tem sido associado às variações do clima da Terra.

Desde os tempos mais remotos, contemplar o firmamento era como assistir ao movimento de um imenso relógio, de extraordinária precisão, cujo mecanismo era preciso conhecer e dominar.

A filha do tempo
A SUCESSÃO DOS DIAS E DAS NOITES permitiu a primeira contagem do tempo. A presença de certos grupos de estrelas no céu passou a indicar os períodos de seca e chuva e portanto a época adequada ao plantio e à colheita.

A posição do Sol no horizonte ao longo do ano ajudou-nos a compreender as estações e o comprimento das sombras foi suficiente para medir o tamanho da Terra.


Gravura do século XV.

O homem medieval acreditava que poderia atravessar a “casca do céu” e desvendar o mecanismo dos mundos.


A Lua, com suas fases, sugeriu os períodos mensais e semanais e explicou o ciclo das marés. Da ocasião adequada para o corte das madeiras ao ciclo menstrual da mulher, inúmeros foram os fenômenos cuja periodicidade foi associada a dos eventos celestes.

Se não pudéssemos contemplar uma noite estrelada, jamais poderíamos ter nos aventurado pelos mares. As constelações guiaram navegantes chineses e ocidentais durante séculos.

Na sua busca de desvendar as complexas engrenagens dos movimentos celestes, o gênio humano foi criando novas ferramentas para entender a natureza. Sem Astronomia não conheceríamos as Leis de Newton. E foi a Mecânica Celeste quem inspirou o surgimento do cálculo diferencial e integral, utilizado hoje em meios tão diversos quanto a Medicina, Engenharia e Economia.

Em tempos recentes a exploração do espaço não apenas aumentou nosso conhecimento sobre o universo, como também não cessaram os benefícios obtidos por tais conquistas.
O empreendimento necessário para lançar um satélite ou uma nave tripulada trouxe ao nosso dia-a-dia a tecnologia dos microprocessadores, das vestimentas térmicas que protegem bombeiros e salvam a vida de bebês prematuros e o desenvolvimento de novos métodos de análises clínicas, entre tantos outros.

Ciência pura
E AINDA QUE NENHUMA APLICAÇÃO PRÁTICA pudesse ser citada, o simples conhecimento por trás de um fenômeno em um corpo celeste a milhares de anos luz da Terra – e que talvez nunca um homem possa observar diretamente – traduz-se na importância da pesquisa básica para a aventura humana neste planeta. E sem a pesquisa básica nenhuma aplicação de um conhecimento pode ser melhorada.

Um país que não faz PESQUISA BÁSICA está condenado a nunca se SUPERAR

Quando Michel Faraday realizou suas primeiras experiências com a geração de corrente elétrica no século passado, ninguém, nem mesmo ele próprio sabia para que poderiam ser úteis.

O mesmo aconteceu com os estudos de Maxwell, que são a base das aplicações contemporâneas em telecomunicações. Não há como prever se o resultado da pesquisa básica de hoje terá ou não uma finalidade prática no futuro. Em ciência não faz sentido considerar apenas o investimento em pesquisas que gerem aplicações imediatas.
Um país que não faz pesquisa básica está condenado a nunca se superar. E se estamos aqui hoje foi porque fomos capazes de enxergar novos horizontes. A Astronomia descortina o maior dos palcos para a aventura humana deste novo milênio. Se vamos interpretar um épico ou uma tragédia só depende de nós.

Antares, a dama de vermelho...

Uma estrela que, vista aqui de nossa humilde morada, está no coração da constelação do Escorpião: Antares. Fácil de ver a olho nu, seu belo nome vem de anti-Ares, que significa rival de Marte.

Chame essa estrela para o centro do Sistema Solar (avise o Sol para sair antes) e Antares se estenderá até a beira do cinturão de asteróides, engolindo Mercúrio, Vênus, Terra, Marte e provando que essa história de rivalidade com o Planeta Vermelho é pura intriga.

Clique e veja a comparação entre Antares e o nosso Sol.

Supergigante
GIGANTE É POUCO. Os astrônomos (um tipo de paparazzi que aponta suas câmeras somente para o céu) a chamam de supergigante vermelha. Antares é mais de dez mil vezes mais luminosa que o Sol, mas está (sorte nossa!) 37 milhões de vezes mais longe, a 600 anos-luz daqui.

Antares ocupa a posição 14 no ranking das estrelas mais brilhantes e sua fama vem desde a Antiguidade, quando era citada pelos egípcios, persas e árabes, entre outros povos.

Segredos da estrela
A GRANDE REVELAÇÃO SOBRE ANTARES e que ela não mora sozinha! Vive com uma companheira quatro vezes o tamanho do Sol. Ambas giram em torno de um centro comum de gravidade, como um casal de mãos dadas.

Cada órbita leva 878 anos para se completar. Elas estão separadas uma da outra por um distância 14 vezes maior que do Sol a Plutão. Só mesmo a força da gravidade para manter uma união assim.

Apesar de famosa, na verdade Antares não é tão quente quanto o Sol – literalmente. Sua temperatura superficial fica um pouco acima dos 3.000 ºC (tipo espectral M), enquanto o Sol, mesmo comparativamente diminuto, tem o dobro (tipo espectral G).


25.000 a 40.000ºC11.000 a 25.000ºC7.500 a 11.000ºC6.000 a 7.500ºC5.000 a 6.000ºC3.500 a 5.000ºC3.000 a 3.500ºC
OB AFG KM
AS CORES E AS TEMPERATURAS superficiais das estrelas quando vistas do espaço, isto é, sem a influência da atmosfera, das nuvens interestelares e dos movimentos estelares próprios – que alteram nossa percepção. As letras representam os tipos espectrais.

As estrelas nascem de enormes nuvens de gás hidrogênio, o elemento químico mais abundante no Universo. Quando jovens são azuis, muito energéticas e turbulentas – o que se espera da juventude, afinal.
Mas com o tempo (muito tempo...) vão mudando de cor. Do azul para o branco, depois o amarelo (meia-idade, como o Sol), o alaranjado e finalmente o vermelho. Estrelas são vaidosas, mas conservadoras. Seguem a mesma moda há bilhões de anos.

Estrelas anãs amarelas ou vermelhas são estáveis e brilham por tempo suficiente para a vida surgir e evoluir em eventuais planetas ao seu redor. Mas elas também podem ser gigantes vermelhas. Astros inchados, num esforço desesperado para se manter brilhando. Mas nem mesmo as estrelas duram para sempre.


Antares (Alfa de Escorpião)
Cor
Classe
espectral
Distância
(anos-luz)
Luminosidade
(Sol=1)
Massa
(Sol=1)
Temperatura
superficial
Idade
VermelhaM1.5Iab-b 60010.00015,53.500 K 8 milhões de anos

Seu encontro com Antares
ANTARES É INCONFUNDIVELMENTE VERMELHA e está quase no meio, no coração, da imagem do Escorpião no céu. A disposição das estrelas dessa constelação sugere facilmente a cauda, o corpo e a cabeça do aracnídeo.

Se tiver um binóculo ou luneta não hesite em usá-lo. Mas não espere ver muito, as estrelas são bastante reservadas. Dica para os fãs: no final de maio Antares pode ser vista a noite inteira, do anoitecer ao amanhecer. Ela adora se mostrar nessa época do ano!




VOCÊ ESTÁ BEM HABITUADO com a velocidade do som. Vê o relâmpago e muitas vezes conta vários segundos até o trovão. Mas apesar de parecer instantânea, a luz também leva um tempo para se propagar. O problema é que ela viaja a 300 mil quilômetros por segundo e é muito difícil perceber.

Mas ajuda olhar para o céu. As estrelas estão longe o bastante para que sua luz demore para chegar aqui. Se o Sol apagasse agora, ainda teríamos 8 minutos até o último raio de luz. Por isso dizemos que o Sol está a oito minutos-luz de distância.

As outras estrelas estão muito mais longe, a muitos anos-luz de distância. Se Antares saísse de cena agora, ainda se passariam seis séculos na Terra até percebermos. Isto sim é uma celebridade!

Via Láctea versus Andrômeda

A VIA LÁCTEA ESTÁ, NESTE MOMENTO, EM ROTA DE COLISÃO com Andrômeda (M31), uma galáxia duas vezes maior. Elas se aproximam uma da outra a cerca de 480.000 km/h. Ainda não é certo se haverá uma colisão frontal ou apenas uma interação. Uma colisão frontal fundiria ambas numa imensa galáxia elíptica. De qualquer forma, isso levaria não menos que três bilhões de anos para acontecer - tempo que pode coincidir com a morte do Sol.

Como tudo o mais no universo, a Via Láctea também se move... e pode até "bater"!

Recentemente foram descobertas novas evidências de que Andrômeda não é tão grande por acaso. Seu tamanho teria sido conquistado às custas da massa de galáxias vizinhas, de menor porte, ao longo dos últimos bilhões de anos. Estudando a borda da galáxia — o chamado halo galáctico — uma equipe internacional de astrônomos flagrou M31 na hora do almoço, literalmente.

Eles observaram um gigantesco feixe de estrelas numa região árida da borda galáctica, cuja origem provavelmente se encontra nas galáxias anãs M32 ou NGC205. Isso indica que Andrômeda continua a assimilar companheiras menores até os dias de hoje.

Fome de viver
ANDRÔMEDA É VISÍVEL A OLHO NU, longe das luzes da cidade e numa noite sem luar, como uma pálida mancha de luz nas noites de primavera. Através do estudo de outras colisões de galáxias e usando simulações em computador, os astrônomos montaram um cenário, quadro a quadro, do que eventualmente poderá acontecer com a Via Láctea no caso de uma interação.

À medida que as duas galáxias se aproximarem uma da outra, Andrômeda irá crescer no firmamento terrestre, até aparecer como uma enorme espada de luz.

É improvável que a humanidade assista ao nascer desse dia, mas quando Andrômeda estiver perto o bastante da Via Láctea, as nuvens de gás de ambas vão interagir violentamente e centenas de brilhantes aglomerados de estrelas irão surgir no céu.

Será um formidável espetáculo pirotécnico por todo o firmamento. A quantidade de estrelas massivas irá crescer drasticamente. Estrelas gigantes azuis vão pipocar por todo o firmamento enquanto outras explodirão como supernovas.

Andrômeda levará talvez 100 milhões de anos para se contorcer em forma de U, quando finalmente adentrar em nossa galáxia e se chocar com o núcleo da Via Láctea.

Então a matéria de ambas será misturada numa única galáxia elíptica. Finalmente, quando as estrelas acharem seu lugar na nova casa, após um processo dinâmico chamado relaxação violenta, qualquer alusão do que foram a Via Láctea ou Andrômeda terá desaparecido.

E quando novas formas de vida apontarem no horizonte de galáxias vizinhas, talvez olhem na direção do núcleo de uma imensa galáxia elíptica, tentando, como nós um dia, compreender sua evolução.

Mas eles não encontrarão qualquer vestígio de que ali existiiram duas majestosas galáxias espirais onde viveu uma civilização há muito esquecida. Mas tudo o que fizemos terá valido a pena, se ao contemplar o céu, pelo breve instante de nossa existência, tivermos aprendido a lição da humildade.

domingo, 21 de outubro de 2007

Céu do mês de Outubro

Durante todo o mês de outubro, os planetas Júpiter, Urano Netuno e Plutão continuam passeando no céu. Júpiter baixa um pouco sua magnitude* de -1,90, porém aumenta seu brilho e continua entre as constelações de Ofiúco e Escorpião.

Naquela região, encontra-se a M19, enxame globular que fica na constelação Ofíúco com uma Magnitude de 7,9' e dimensões 9,3'. Sua distância é de 25000 anos-luz da Terra.

Se você possui um telescópio e estiver longe das luzes da cidade, poderá ver outros aglomerados nesta região, a exemplo do aglomerado da M80.

Os planetas Vênus e Saturno continuam se escondendo muito cedo no horizonte oeste, mas Vênus volta a brilhar na madrugada do dia seguinte.

Caso você queira observar alguns destes objetos no céu ou deseja obter algumas dicas sobre o assunto, entre em contato com a equipe do Observatório Antares-UEFS.



* Brilho aparente das estrelas. A olho nu só conseguimos observar estrelas com magnitude até 5.