O equipamento, chamado de EAS (Early Ammonia Servicer ou Servidor Primário de Amônia) foi instalado na ISS em 2001 e servia como reservatório para o sistema de refrigeração interno e para ganhar espaço dentro da ISS os astronautas resolveram descartar o container, do tamanho de dois refrigeradores grandes.
Desde que foi descartado, a órbita do EAS está decaindo e se as previsões de decaimento estiverem corretas o módulo deverá se desintegrar na alta atmosfera nas primeiras horas de segunda-feira. Como em todas as re-entradas não previstas, a margem de erro do momento do evento pode variar em até 15 horas, o que significa que é muito difícil prever onde a onde a bola de fogo poderá ser vista. Devido ao ângulo de inclinação de 51 graus, quase todas as áreas habitadas estão na rota do lixo espacial, excetuando-se as regiões polares, norte da Rússia e norte do Canadá.
Atualmente o EAS está a 164 km de altitude e poderá ser visto neste domingo sobre a Região Centro-Oeste do Brasil por volta das 19h51 (Horário de Verão).
Você pode seguir a órbita do lixo espacial acessando nossa página de rastreio de satélites:
Naves que re-entram sem controle na atmosfera, normalmente se rompem entre 72 e 84 quilômetros de altitude devido à temperatura e forças aerodinâmicas que agem sobre a estrutura.
A altitude nominal do rompimento é de 78 km, mas satélites de grande porte que têm estruturas maiores e mais densas conseguem sobreviver por mais tempo e se rompem em altitudes mais baixas. Painéis solares são destruídos bem antes, quando os satélites ainda estão entre 90 e 95 km.
O interessante é que ao mesmo tempo em que são resistentes às altas temperaturas, esses materiais também são muito leves (por exemplo, chapas de tungstênio) e como resultado a energia cinética no momento do impacto é tão baixa que raramente provoca danos de grande porte. O problema começa com a composição química residual, que dependendo do componente que sobreviveu à re-entrada, pode conter material extremamente tóxico, como a hidrazina, utilizado como combustível ou até mesmo material radioativo, usado na geração de energia elétrica.
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