quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Explosão estelar iluminará o céu nas próximas semanas

Uma explosão estelar excepcionalmente próxima da Terra vai iluminar o céu nas próximas semanas. A explosão da supernova será na Galáxia do Charuto, chamada assim devido ao seu formato. O local fica a cerca de 12 milhões de anos-luz da Terra e oferecerá uma oportunidade única para se estudar uma supernova.

A descoberta, no entanto, foi feita por acaso. Steve Fossey, um astrônomo do University College de Londres (UCL), da Grã-Bretanha, descobriu a supernova com um pequeno telescópio de 35 centímetros.

"Estávamos fazendo uma observação há uma semana com estudantes do UCL e, em uma das imagens que conseguimos, de curta exposição, pudemos ver este ponto brilhante de luz na imagem da galáxia. Imediatamente nos demos conta que isto era uma supernova, a explosão de uma estrela", disse Fossey à BBC.

Fossey consultou colegas de outros observatórios e confirmou a descoberta. A União Astronômica Internacional catalogou a supernova como SN2014J.

A supernova é tão brilhante que poderá ser vista com telescópios domésticos de boa qualidade ou até mesmo com binóculos, quando atingir o ponto máximo de seu brilho, algo que deve ocorrer dentro de uma semana.

Junto com observadores do mundo todo, Fossey se prepara para recolher informações e aprender tudo o que puder enquanto a supernova for visível no céu.

Oportunidade

O astrônomo explicou que esta galáxia, "em particular, é incomum e está muito próxima; uma supernova tão próxima como esta provavelmente ocorre uma vez em décadas".

"É uma oportunidade excelente para a frota de naves espaciais que temos e para os observatórios na Terra", acrescentou Fossey.

A supernova da Galáxia do Charuto, na constelação de Ursa Maior, permanecerá brilhante por cerca de um mês e os cientistas querem aproveitar ao máximo a possibilidade de conhecer todos os segredos desta galáxia.

"Um dos modelos aceitos é que ela tem o que chamamos de uma anã branca, que efetivamente é uma estrela como o Sol e que está na fase final de sua vida, inerte e quente, uma estrela que tem uma companheira binária, uma amiga, atraindo material dessa amiga e ficando maior e mais quente até que se detona a uma temperatura crítica e explode em pedaços", explicou o astrônomo.


"Com estas naves no espaço, podemos observar a onda expansiva deste material, desta explosão, ao impactar no material que há a seu redor, incluindo sua companheira. E esta é a chave, precisamos compreender a companheira", acrescentou Fossey.

O cientista afirma que esta poderia ser uma estrela como o Sol ou este poderia ser um outro tipo de evento espacial, que incluiria duas anãs brancas.

Para o cientista, compreender estes "estalos estelares" pode levar à resolução de outros mistérios, pois as "supernovas são faróis de luz".

Além de ajudar a compreender o processo de morte de uma estrela, as supernovas são muito importantes pela luminosidade, que permite medir com precisão as distâncias entre as galáxias do universo, disse Fossey.

O cientista afirmou que os astrônomos estão vivendo semanas de "atividade furiosa" com os instrumentos ópticos espaciais e terrestres apontando para a direção da galáxia, para acompanhar este processo e conseguir toda a informação possível sobre o brilhante fim desta estrela.​

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

SUPERNOVA DESCOBERTA EM M82

Uma estrela que explodiu apareceu subitamente no céu nocturno, deslumbrando os astrónomos que não viam uma supernova tão perto do nosso Sistema Solar há mais de 20 anos.

Só nos últimos dias, a supernova emergiu como uma luz brilhante (magnitude 10,5) em Messier 82 - também conhecida como a Galáxia do Charuto - a cerca de 12 milhões de anos-luz de distância na direcção da constelação de Ursa Maior. A supernova, que um astrónomo descreveu como um potencial "Santo Graal" para os cientistas, foi descoberta pelos estudantes Ben Cooke, Tom Weight, Matthew Wilde e Guy Pollack, da University College London (UCL). A descoberta foi feita por acaso - um workshop telescópico de 10 minutos para os alunos - e levou a uma correria mundial para adquirir imagens e espectros do objecto.

Posicionada entre a Ursa Maior e a Ursa Menor, a nova supernova deve ser fácil de avistar por observadores celestes no Hemisfério Norte; pode até chegar a ser brilhante o suficiente para ser observada por um pequeno par de binóculos, realça o astrónomo Brad Tucker, da Universidade Nacional da Austrália e da Universidade da Califórnia, em Berkeley.

Nova supernova no céu

Mas além da criação de um espectáculo celeste, o evento cósmico também dá aos astrónomos uma oportunidade rara para estudar um objecto que pode ajudá-los a compreender a energia escura.
A supernova foi observada pela primeira vez na Terça-feira passada (21 de Janeiro) às 19:20 (hora local, bem como hora portuguesa) por um grupo de estudantes liderados por Steve Fossey da University College London. Segundo a UCL, o objecto pode ser a supernova mais próxima desde a intensa supernova 1987A que foi avistada em Fevereiro de 1987 na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã companheira da Via Láctea a cerca de 168.000 anos-luz da Terra.

"Foi uma experiência surreal e emocionante, obter imagens do objecto não identificado enquanto Steve corria pelo observatório a verificar o resultado," realça o estudante Guy Pollack num comunicado.

Os astrónomos do Caltech confirmaram a supernova e classificaram-na como uma supernova Tipo Ia jovem e avermelhada. Pensa-se que estes tipos de objectos sejam originários de um sistema binário íntimo onde pelo menos uma estrela é uma anã branca, o núcleo denso e pequeno de uma estrela que cessou as suas reacções nucleares. Se a anã branca desviar muita massa da sua companheira, começa dentro da estrela morta uma reacção nuclear em fuga, levando a uma supernova brilhante.

Acredita-se que as supernovas Tipo Ia brilhem com intensidade igual nos seus picos, por isso são usadas como "velas padrão" para medir distâncias em todo o Universo. Na verdade, a medição detalhada de supernovas Ia levou à descoberta, recompensada com um Prémio Nobel, da aceleração da expansão do Universo.

O "Santo Graal" das supernovas

Para aprender mais sobre a causa desta aceleração (o que os cientistas chamam de energia escura), Tucker disse que os astrónomos precisam de medidas mais precisas.

"Os dois grandes problemas no uso de supernovas Ia para medições de distância, são os progenitores, o tipo de estrela que explode, e como a poeira afecta estas medições," explicou Tucker. "Por isso o facto de esta [supernova] ser do Tipo Ia, descoberta em tenra idade, significa que temos uma boa hipótese de encontrar pistas sobre a explosão."

O Telescópio Espacial Hubble também capturou imagens detalhadas da Galáxia do Chaturo antes da estrela ter explodido, o que significa que os astrónomos podem ser capazes de observar directamente a estrela em observações passadas, explica Tucker.

Além do mais, esta é uma supernova "avermelhada", o que significa que ocorreu num ambiente empoeirado.
"Ao saber que existe muita poeira, podemos analisar a forma como esta afecta as cores [da supernova] e, portanto, as medidas da distância, e usá-la para calibrar outras [supernovas]," acrescenta Tucker. "Em suma, este é o Santo Graal".

O Departamento Central de Telegramas Astronómicos da União Astronómica Internacional listou algumas das observações da supernova sob a designação temporária PSN J09554214+6940260 (agora chama-se SN 2014J), começando com uma observação de 22 de Janeiro por um grupo de astrónomos amadores na Rússia.
As imagens do telescópio robótico KAIT do Observatório Lick na Califórnia, caçador de supernovas, confirmam que o objecto não estava presente até 15 de Janeiro, o que significa que a supernova tem apenas poucos dias de idade," comenta Tucker.

Fonte: CCVALG/Astronomia Online

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Cientistas na Nasa tentam desvendar mistério sobre pedra branca em Marte



Foto: Nasa

Cientistas estão intrigados sobre como uma pedra apareceu misteriosamente numa foto enviada de Marte pelo robô explorador Opportunity. O robô, que aterrissou há uma década na região chamada Meridiani Planum, explora a borda de uma cratera por sinais de existência de água no passado.

Um outro robô, o Curiosity, aterrissou do outro lado do planeta em 2012 para a mais ambiciosa missão de procurar lugares habitáveis no passado. Contudo, no momento, os cientistas tratam de uma questão mais imediata. Em 8 de janeiro, quando se preparava para uma investigação científica, o Opportunity enviou uma foto do seu trabalho na área.

Estranhamente, ela mostrou uma pedra brilhante branca, do tamanho de um pãozinho, onde somente solo rochoso aparecia na foto tirada duas semanas antes. Os cientistas suspeitam que a pedra foi virada por uma das rodas do robô. Pode também ter parado ali por conta da queda de um meteorito.

Fonte: Reuters

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Caafsnautas admiram fenômeno astronômico no Observatório Antares

Em Feira de Santana, visitantes e membros do Clube de Astronomia Amadora da cidade se reuniram sábado (5) no Observatório Astronômico Antares, no bairro Jardim Cruzeiro, para observar a lua cheia que, neste dia, surgiu no céu de maneira especial devido ao fenômeno astronômico "Super Lua".
No final da tarde, o satélite natural do nosso planeta parecia está 14% maior e 30% mais brilhante por que ele esteve mais próximo da Terra (Perigeu), cerca de 363 mil quilômetros, segundo especialistas. “A última Lua cheia tão grande e próxima da Terra foi em Março de 1993”, de acordo com Geoff Chester, do Observatório Naval dos Estados Unidos, em Washington DC. Quem quiser observar outros astros e planetas pelo telescópio e obter novos conhecimentos pode fazer uma visita ao Clube de Astronomia Amadora de Feira de Santana (Caafs) aos sábados, a partir das 17h, no Observatório Antares. Informações 75 8184-9772. (Por: Andréa Trindade)

domingo, 22 de abril de 2012

Hoje é o Dia da Terra. Não custa nada cuidar melhor dela!

Olhe bem para essa Bolinha Azul. De longe, é uma esfera azulada, pincelada de branco. De perto, é nossa casa, o local onde respiramos e passamos toda nossa vida. Suspensa no espaço, desde o começo dos tempos ela gira. A cada volta ela se transforma. Olhe bem para essa Bolinha Azul, porque hoje é dia dela!



Se fosse possível sair da Terra, veríamos essa bela imagem. Tudo que temos e amamos está ali. Nossas músicas prediletas, nossos amigos, aquela praia maravilhosa, aquele sorriso simples, os brinquedos no parque, os amores que temos e os que já se foram. Tudo, absolutamente tudo está nessa Bolinha Azul.

Ultimamente, não temos cuidado muito bem dela. Temos sido muito egoístas achando que a Bolinha aguenta todos os nossos desaforos e nossa ganância.

Em nome do progresso, desmatamos as florestas e poluímos os rios. E em nome da comodidade produzimos quantidades astronômicas de lixo que não temos mais onde colocar. Ironicamente, em nome de uma suposta "qualidade de vida" estamos imersos na poluição. E a Bolinha Azul aguentando nossos desmandos.

Hoje é o Dia da Terra e apesar de ser uma data simbólica, bem que podíamos fazer um esforcinho e cuidar um pouquinho mais dela. Atitudes pequenas como não jogar papel na rua, diminuir o uso do carro ou apagar as luzes ao sair da sala podem parecer pequenas, mas se cada um de nós fizer essa gentileza, a Bolinha Azul continuará girando saudável, pronta para guardar os melhores momentos da nossa vida. Não custa tentar. Experimente!



fonte: Apolo11

segunda-feira, 5 de março de 2012

XXV EREA - Encontro Regional de Ensino de Astronomia - Feira de Santana


Observatório Astronômico Antares/Museu Antares de Ciência e Tecnologia
Univesidade Estadual de Feira de Santana

Local: Observatório Astronômico Antares/UEFS
Data: 28 - 31 de Março de 2012 (inscrições abertas)


O grande propósito do projeto "As Escolas de Feira de Santana no Ano Internacional da Astronomia", apoiado pela FAPESB em 2010, foi o de dar continuidade as diversas ações realizadas em 2009 durante o Ano Internacional da Astronomia (AIA2009), pautadas em cursos, palestras, filmes, sessões no planetário, experimentos interativos de ciências, observações nos telescópios, etc., nas quais representaram a maior contribuição de divulgação científica organizada muldiamente para o público em geral, e que pôde ser traduzida em termos da popularização do conhecimento em Astronomia.

Vários resultados foram alcançados em nosso país, mas é necessário continuar as ações para garantir a consolidação dos mesmos. Desse modo, realizaremos durante o período de 28 a 31 de Março de 2012, no Observatório Astronômico Antares/Museu Antares de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual de Feira de Santana, o XXV EREA (Encontro Regional de Ensino de Astronomia)*, cujo propósito consiste em fomentar os professores de Feira de Santana e região (redes pública e particular de ensino) com atividades que auxiliem os mesmos nos conteúdos relacionado à ciência astronômica.

De fato, o compromisso de contribuir para a melhoria do ensino de ciências nas escolas de Feira de Santana foi assumido em 2003, quando foi lançado o projeto-embrião "Ensino e Difusão de Astronomia", apoiado pela Fundação Vitae e pelo CNPq.

* Os EREAs nasceram no Ano Internacional de Astronomia como um subprograma das diversas atividades e comemorações promovidas. Objetivam dar continuidade as diversas ações como uma estratégia eficaz para popularizar a ciência astronômica entre crianças, jovens e adultos em diversas cidades do país.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Feira sedia maior encontro de Astronomia do Norte Nordeste

Feira de Santana vai sediar nos dias 28 e 29 de maio o VII Encontro Interestadual Nordestino de Astronomia (EINA). O evento será realizado no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), onde haverá apresentação de trabalhos, mini-cursos, palestras e painéis com temas ligados a Astronomia. Entre os palestrantes convidados estão os astrônomos Maria Elizabeth Zucolotto (especialista em meteoritos – ON / RJ) e o professor doutor Hamachrisna Teixeira (IAG - USP).

O encontro ocorre desde 2005 em várias cidades do nordeste e neste ano Feira foi a escolhida para sediar o evento que tem como objetivo promover o intercâmbio entre as várias associações e entidades que agregam astrônomos profissionais e amadores, além de pessoas interessadas em desenvolver projetos de ensino, divulgação e pesquisa em Astronomia.

O EINA é aberto ao público e a edição deste ano foi organizada pelo Clube de Astronomia Amadora de Feira de Santana e pelo Observatório Astronômico Antares/UEFS em parceria com o Museu Parque do Saber Dival da Silva Pitombo.

A cidade é a única do Norte e Nordeste que possui dois planetários e um observatório astronômico dotado de equipamentos modernos e que se dedica às atividades de pesquisa e popularização da Astronomia.

A programação do Encontro está disponível na pagina www.viieina.hd1.com.br

segunda-feira, 28 de março de 2011

Telescópio descobre novo sistema planetário



Cientistas anunciaram a descoberta de um novo sistema solar com pelo menos seis planetas em órbita surpreendentemente próxima de uma estrela.A observação vem sendo considerada a mais importante desde que o primeiro planeta fora do nosso sistema solar foi descoberto, em 1995.A descoberta foi feita pelo telescópio espacial Kepler, posto em órbita há dois anos pela agência espacial americana, Nasa.Telescópio espacial Kepler

O telescópio Kepler está ampliando o conhecimento sobre o universo.Examinando apenas uma parte do céu, ele já descobriu um novo sistema planetário e a existência de mais de 500 planetas foi confirmada.

No entanto, este número pode chegar a 1.235.Entre as descobertas feitas pelo telescópio espacial estão ainda 54 planetas que, segundo cientistas, seriam candidatos a ter condições de abrigar vida.Segundo os cálculos mais recentes, a órbita deles proporcionaria temperaturas nem quentes nem frias demais. As informações são da BBC Brasil.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Tudo pronto para o lançamento do foguete brasileiro VSB-30

A Agência Espacial Brasileira, AEB, confirmou para este sábado o lançamento de mais um foguete de sondagem de dois estágios VSB-30. Na segunda-feira, a agência já havia lançado com sucesso o foguete de médio porte Improved Orion, com objetivo de realizar testes dos sistemas de telemetria que serão usados na operação desse sábado, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.

Inicialmente marcado para terça-feira, dia 7, o lançamento-piloto do Orion foi antecipado devido às boas condições do tempo. Com cinco metros de comprimento, o Orion riscou o céu durante 5 minutos e 16 segundos, atingindo 104 quilômetros de altitude. Em seguida caiu no oceano Atlântico a cerca de 73 quilômetros da costa maranhense.

O lançamento serviu para testar os sistemas de telemetria tanto do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), como do Centro de Lançamento Barreira do Inferno, em Natal, no Rio Grande do Norte, que também participou da atividade. Segundo as autoridades, todos os radares de acompanhamento também foram checados.

"Tudo ocorreu conforme o esperado. É um padrão realizar a contagem regressiva simulada e, como vimos que havia a possibilidade de fazer o lançamento, nós o fizemos", comemorou o diretor-geral do CLA, coronel Ricardo Rodrigues Rangel.






A operação da última segunda-feira foi estimada em R$ 180 mil e é uma parceria da Agência Espacial Brasileira com a Agência Espacial Alemã.

"O lançamento de um VSB-30 é bem mais trabalhoso, a cronologia simulada dele demora cerca de 10 horas para testar todos os equipamentos. Por isso, é necessário uma série de cuidados para que o lançamento seja um sucesso”, afirmou Rangel. 

Objetivo
Batizada de Operação Maracati II, a missão pretende levar diversos experimentos científicos para testes em microgravidade.

Serão 10 experimentos ligados às áreas de tecnologia, biologia e desenvolvimento de sistemas para atividades espaciais criados por universidades, institutos de pesquisas e por alunos do ensino fundamental.

Grande parte da carga de experimentos precisará ser recuperada posteriormente, por isso as equipes responsáveis pelo resgate têm uma grande preocupação. A carga cairá em alto mar freada por um sistema de paraquedas e para seu resgate foram colocados à disposição um navio e dois helicópteros da Aeronáutica e da Marinha.


Lançamento
A primeira janela de lançamento está prevista para sábado às 15h00 no horário de Brasília, caso as condições do tempo sejam favoráveis. Se a primeira tentativa não for possível, uma segunda janela será aberta no domingo, também às 15 horas. Outra possibilidade ainda é adiantar em uma hora o lançamento deste sábado.

"Nossa expectativa é de que as condições de vento ajudem a realizar esse lançamento já no sábado", disse Rangel.  


Conheça o VSB-30
O VSB-30 está em operação desde 2004 e deverá em breve ser utilizado em programas espaciais europeus.

Trata-se de um lançador de pequeno porte de dois estágios, estabilizado rotacionalmente. Tem 12.7 metros de comprimento e é capaz de atingir uma altitude de até 250 quilômetros com uma carga de até 450 quilos. Ao contrário dos foguetes tradicionais, não existe uma torre de lançamento e o VSB-30 decola apoiado por trilhos. Depois de lançado, o artefato supera a velocidade Mach 6 (seis vezes a velocidade do som). 



Esse já o terceiro lançamento realizado no Brasil e o décimo no total. Os outros lançamentos ocorreram da Suécia e foram bem-sucedidos. Em território brasileiro, o único lançamento ocorreu em julho de 2007. Na ocasião o foguete alcançou 280 km de altitude, mas a carga útil não foi recuperada e apenas parte dos resultados dos experimentos foi obtida.



Direitos Reservados 
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/espaco_brasil.php?posic=dat_20101209-094808.inc

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cientistas confirmam possibilidade de vida exótica na Terra

Carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre são os seis blocos básicos de todas as formas de vida conhecida na Terra e todo o conhecimento no campo da biologia está baseado nessa composição. No entanto, uma equipe de cientistas norte-americanos confirmou ontem que uma bactéria bastante exótica trocou o fósforo pelo arsênio em sua cadeia de DNA, abrindo espaço para a possibilidade de outras formas de vida não conhecidas.
A descoberta foi divulgada nesta quinta-feira pela agência espacial americana, Nasa, após a conclusão de um estudo custeado com fundos da própria agência a um grupo de pesquisadores ligados à Universidade da Califórnia, USGS, Laboratório Nacional Lawrence Livermore e Universidade de Stanford.

O estudo foi conduzido inicialmente no severo ambiente do lago Mono, na Califórnia, onde os cientistas descobriram os primeiros seres vivos capazes de se reproduzir usando o tóxico arsênio no lugar do fósforo, considerado até o momento um elemento essencial de todas as células vivas. O fósforo faz parte da cadeia de DNA e RNA, as estruturas genéticas que carregam todas as informações dos seres vivos.

O arsênico é quimicamente similar ao fósforo, mas ao contrário desse é altamente venenoso para as formas de vida na Terra.

"Sabemos que alguns micróbios podem respirar arsênio, mas o que encontramos é uma bactéria que faz algo surpreendente, ao construir partes de si mesma com arsênio", disse a astrobióloga Wolfe Felisa-Simon, do Instituto Nacional de Pesquisas Geológicas, USGS, ligado à universidade da Califórnia. "Se alguma coisa aqui na Terra pode fazer algo tão inesperado, o que não podemos esperar em ambientes que ainda nem conhecemos?", completou a pesquisadora.





De fato, a descoberta de formas de vida que sejam baseadas nos tradicionais elementos abre um vasto campo de pesquisas, não só na Terra, mas também no espaço. Até agora, as pesquisas por formas de vida em outros planetas estava alicerçada nos seis elementos básicos, mas a descoberta de que o arsênio também pode fazer parte da cadeia de DNA obriga os cientistas a reorganizarem os métodos de busca, ampliando sobremaneira o leque de possibilidades.

Batizado de GFAJ-1, o microorganismo é membro de um grupo comum de bactéria, a Gamaproteobacteria. No laboratório, os investigadores cultivaram os micróbios do lago em uma dieta pobre em fósforo, substituída por porções de arsênio. Durante a remoção do fósforo, os micróbios continuaram a crescer e as análises posteriores mostraram que o arsênio estava sendo utilizado pelas bactérias para produzir os blocos de construção de novas células de GFAJ-1.

A equipe optou por explorar o lago Mono devido à sua composição química incomum, especialmente a sua alta salinidade e alcalinidade e níveis elevados de arsênio, resultado da ausência de fontes de água doce há mais 50 anos.

Para Steven Benner, bioquímico especialista em evolução molecular junto à Universidade de Harvard, apesar de revolucionária, a descoberta é única e precisará ser confrontada com todas as pesquisas anteriores, que ligam a possibilidade de vida unicamente aos seis elementos básicos. "Essa é uma exceção surpreendente", disse Benner.

Assinado pela pesquisadora Felisa Wolfe-Simon e publicado esta semana pela revista científica Science, o estudo permitirá o avanço nas pesquisas em várias áreas, incluindo a evolução da vida na Terra, química orgânica, ciclos bioquímicos e controle de doenças, além de abrir novas perspectivas nas áreas de microbiologia e astrobiologia.





Fotos: No topo, imagem feita por microscópio eletrônico mostra dois exemplares da bactéria mesma GFAJ-1. À esquerda, utilizando o elemento arsênio na construção da cadeia do DNA e à direita, usado fósforo. Acima, a pesquisadora Wolfe Felisa-Simon, autora da descoberta, durante trabalhos na região do lago Mono, na Califórnia. Créditos: Nasa/Apolo11.com.

Direitos Reservados
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/invencoes_descobertas.php?posic=dat_20101203-074704.inc

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Galáxia pode conter buraco negro mais jovem já registrado, diz Nasa

Astrônomos da Nasa afirmaram na segunda-feira (15) ter descoberto o buraco negro mais jovem já registrado. Localizado na galáxia M100, o objeto provavelmente surgiu após a explosão de uma estrela com muita massa, fenômeno conhecido como supernova e que foi detectado por astrônomos na Terra em 1979. Teria, portanto, apenas 30 anos de existência, contados desde a detecção da explosão.


A supernova SN 1979C é indicada na parte inferior da foto, feita pelo Telesc (Foto: Nasa / AFP Photo)


A idade diz respeito ao conhecimento do fenômeno a partir da Terra, já que o corpo está distante 50 milhões de anos-luz. Observações feitas com os telescópios Chandra e Spitzer, da Nasa, e do Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) permitiram a descoberta. A galáxia M110 está localizada na direção da constelação de Virgem, em um aglomerado de galáxias com o mesmo nome.
Buraco negro 1 Imagem da galáxia M100, localizada a 50 milhões de anos-luz da Terra.


Catalogada como SN1979C, a explosão marcou o fim de uma estrela muito massiva, detectada por um astrônomo amador no final da década de 1970. Caso a interpretação agora dada pelos cientistas ao destino da supernova seja correta, o buraco negro teria se originado a partir dessa destruição, após os resquícios do grande astro formarem um objeto com grande densidade e dimensões pequenas.

Caso confirmada, a análise da supernova é válida aos estudiosos pois fornecerá dados sobre os estágios iniciais do nascimento de um buraco negro.

Buracos negros

Buracos negros são corpos muito densos, com dimensões menores que as dos planetas do Sistema Solar. São o estágio final da evolução de estrelas muito pesadas, algumas com milhares de vezes a massa do Sol, que duram apenas milhões de anos e explodem como supernovas.

No centro de cada buraco negro há um objeto sem dimensão e com densidade infinita conhecido como singularidade. Neste local nem mesmo a luz consegue ter velocidade suficiente para escapar. A região em volta de uma singularidade recebe o nome de buraco negro.Toda informação desta região não consegue ser detectada de forma direta, uma vez que a velocidade da luz é o limite conhecido para o deslocamento de qualquer fenômeno.(G1)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Telescópio espacial descobre 'bolhas' no centro da Via Láctea


A Nasa anunciou nesta terça-feira (9) a descoberta de duas bolhas de raios gama no centro da Via Láctea. As estruturas foram detectadas pelo telescópio espacial Fermi. "Não compreendemos completamente sua natureza e origem", afirmou o astrônomo Doug Finkbeiner, o primeiro a discernir a estrutura, que pode ser remanescente de uma erupção de um super buraco negro no centro de nossa galáxia. (ilustração: Nasa Goddard